terça-feira, 22 de novembro de 2011

Intrevista e capa da revista isto é gente !!!

A natureza de Cleo
Ás margens do Rio Araguaia, onde gravou cenas da novela araguaia , a atriz Cleo Pires fala sobre família, trabalho, nudez e o relacionamento com o publicitário João Vicente de Castro, que chama carinhosamente de "companheiro


De volta à vida real, Cleo recebeu Gente numa quinta-feira tradicionalmente agitada em São Paulo, dias depois da aventura Mato Grosso.Vestida de preto e animadíssima, ela atraía olhares por onde passava. Não só por ser quem é, mas por estar, naquela data, a poucos dias do lançamento de seu ensaio nu. Enquanto tomava café da manhã com frutas, pãezinhos e mel, ela encarou um bate-papo revelador sobre amor, família, trabalho e nudez. Também, pela primeira vez, falou sobre o namoro de um ano com o publicitário João Vicente de Castro. Cleo começou dizendo: “Pode perguntar o que quiser, que eu respondo”. Gente perguntou. Eis as respostas de Cleo:

Como foi esse tempo no Araguaia?
Foi uma delícia. É tudo muito selvagem, muito virgem ainda.

Pela sua ligação com a região, o que tirou de você para compor a personagem?
Quando eu era pequena, minha mãe me chamava de índia botocuda porque eu odiava usar roupa, adorava andar descalça e era muito brava. Amava subir em árvores, correr, andar no meio do mato, fazer trilha... Tive uma infância ao ar livre. Achava bicho machucado e levava para casa, princiaplmente passarinhos. Tive coelho, tartaruga. Nesse quesito é muito parecido com ela. O lado físico foi fácil. A Estela (a personagem) é uma mulher muito sozinha e muitas vezes teve que engolir sentimentos verdadeiros para chegar aonde queria. Eu me identifico muito com isso, porque tenho uma família maravilhosa que sempre me orientou, mas sempre me senti muito sozinha. Não por falta de amor, mas porque eu sempre me senti incompreendida mesmo. Então, quando a cena tem esse tom é muito fácil para mim, me emocionar, entender o que aquilo queria dizer. Outro dia fizemos uma cena em que ela via o Murilo e a Milena (Toscano, com quem disputa o amor de Murilo) se banhar no Rio com um monte de amigos, aí eu falei para o Marquinhos (Schettman, diretor da novela): essa sensação é de que ela não pertence a isso, e era exatamente isso. Mas não tive momentos nostálgicos porque não conhecia São Félix nem Luís Alves, mas aquele lugar me remete à minha família. A gente brincando, coisas normais. Até porque só faz dois anos que eu estive no Araguaia. É algo bem perto, não só da infância.
Como será a personagem?
A Estela é uma mulher misteriosa. Foi criada desde a infância para concluir uma missão. Ela é a última descendente de uma tribo de índios. Até que ela se apaixona pelo Solano (Murilo Rosa), de verdade, vive um amor que começa a bater de frente com essa missão que ela tem que cumprir. A missão é o mistério da novela. Ela não é vilã nem mocinha.

Teve alguma experiência com os índios de lá?
Fui à tribo dos índios Karajás, na Ilha do Bananal. Foi enriquecedor, mas ao mesmo tempo angustiante. Ninguém sabe o que fazer com a história indígena no Brasil. Eles têm a cultura deles, que está se perdendo, e assimilam a cultura dos brancos que não faz bem a eles. Ainda não encontramos uma forma de preservar a beleza da tradição indígena. A civilização entrou com o pé na porta, não teve respeito por aquelas pessoas. Isso me dá angústia. Quem somos nós para dizer que alguma coisa da cultura deles é errado? É a cultura deles.

Como foi maquiar as tatuagens?

É, tinha que cobrir as tatoos. Nos primeiros dias, eram duas horas de make up. Eu até aprendi um pouco, elas me deixam fazer também. Tenho dez tatuagens. A última (mostra a escápula) fiz com a minha irmã, Antonia, em Pirinópolis, é “irmã”, em francês. É uma forma de expressão que me identifico.

Você era uma espécie de guia entre os colegas?Eu tinha uns truques: o repelente lá não funciona. O que funciona é o óleo de babaçu que os índios fazem. Consegui isso para a gente. A correnteza do rio não é uma correnteza que vai para um lado só, vai para os dois lados. E essas coisas eles não sabiam, e eu falava. São esses mínimos detalhes que fazem a diferença. Gostei de ser a guia.

E você tirou o arrais amador? É, tirei o arrais amador (licença para pilotar jet ski). Já pilotava, mas lá ninguém deixava porque não tinha o tal do arrais. E tirei o primeiro lugar, acredita? A Marinha me mandou um boné com um parabéns pelo primeiro lugar no exame. Só que o rio já estava muito seco, bem baixo e nem deu tempo. Mas vou usar muito meu arrais amador.

Como fazia para matar as saudades do João?
Quando fomos para pirinópolis, o João ficou lá comigo oito dias. Ficamos juntos, foi uma delícia. a minha irmã antonia foi com ele. Num domingo consegui ir a goiânia dar um beijo nos meus pais. Foram 31 dias isolada, só com a equipe. em Luís alves, saía às 4 horas do hotel e voltava às 6 da tarde. Não tinha nada para fazer, só pescar. Mas sabe que eu acho que o João ia curtir ficar pescando? eu falava muito com ele por telefone.

Sua família voltou de Paris agora. Matou a saudade?
Não deu tempo ainda de matar a saudade porque fiquei só um dia com eles. Mas vou para o rio agora. É aniversário da antonia. agora que sou mais velha é gostoso esses momentos em família. Minha mãe sempre acha que tenho 15 anos (risos). ela só falta me perguntar se eu agradeci quando fui embora da casa do fulano, se eu escovei os dentes. ela quase chora quando fala de mim. É muito bonitinha. Mas meu pai (Orlando) ainda vai estar lá. adoro estar com eles e com meus irmãos.

A quem recorria em um momento que precisasse de alguma coisa? Já morava sozinha antes. Não sou muito de pedir socorro. acho que não leva a nada, você vai ficar lá chorando no ombro da pessoa. sou assim.

Moraria em Paris?
Moraria. Tem alguns lugares que eu amo. São paulo, paris, Nova York, goiânia. Moraria em todos esses lugares. e eu gosto de mudança. penso, sim, em morar fora ainda.

E esse corpão? Continua com comidinhas orgânicas?
Parei um pouco com as comidinhas orgânicas porque quero mesmo é pegar a pessoa que trabalha comigo, colocar em um curso e ela fazer as comidinhas em casa. Não aguentava mais pedir comida, são sempre as mesmas. isso não é vida. aí até passei uma fase meio junk de novo, e agora estou voltando ao meu bom equilíbrio libriano. Mas eu não tenho feito nada, estou há dois anos sem malhar. quero muito voltar para a ioga. agora voltando para o rio, quero voltar. até baixei no iphone um aplicativo “ioga pocket”, para ver se eu vou conseguir fazer sozinha. Mas a genética ajuda bastante. essa coisa de pegar pesado na malhação não rola. Não tem nada a ver comigo.

Você realmente dispensou o tratamento das fotos do seu ensaio nu?
Eu não disse isso. Fiquei feliz porque mostra uma dobrinha normal. o que eu tinha dito antes é que não gosto de photoshop porque você fica com um corpo de boneca e eu sei que tenho umas celulites, umas dobrinhas, e eu não queria que no ensaio ficasse um corpo que não é meu. Mas eu fiquei super satisfeita porque eles respeitaram as minhas gordurinhas.

É verdade que pôs silicone nos seios para posar nua?

É mentira. eu até estranhei quando me perguntaram. Como assim? eu menstruei no ensaio do Bob, então meus seios deviam estar maiores por isso. e, menina, ninguém tinha OB. aí teve que parar, esperar, comprar (risos). Num ensaio anterior, estava com 49 quilos e hoje estou com 53. estou com mais quadril, mais bunda, mais braço. e os peitos, porque menstruei.

Mas você faria cirurgia plástica?Faria, mas agora não. É que não vejo o quê. se eu engordasse demais, talvez uma lipo. o que me incomoda em cirurgia plástica é a vontade de ser uma pessoa que você não é. Mas se for para a harmonia de sua beleza natural, aí sim.


‘‘Foi uma delícia, um tesão posar nua. Tenho esse lado exibicionista que gosta de ficar pelada na frente das pessoas’’


‘‘Me sinto casada. A gente já assimilou a vida um do outro. Não é que a gente virou um, somos bem um mais um’’
Você não tem medo de envelhecer?
Gosto de envelhecer. Me gosto mais agora do que há cinco anos. Você vai amadurecendo, vai se sentindo mais confortável na sua pele, vai se amando mais, se respeitando mais, se julgando menor.

Como foi posar nua?Foi uma delícia, um tesão. amei. eu sabia que ia amar. Meu empresário conversou comigo e disse, olha, não pode chegar lá e fazer como muita gente faz, de ficar com medo na hora. e eu: Mauro, você já viu eu fazer isso? Não sou eu que estou querendo fazer? Não sou eu que estou pedindo para ser assim? eu confio no meu taco. e foi uma delícia.

Por que tomou a decisão de posar nua?
Eu tive vontade de posar nua. Cada vez mais eu começo a entender o que são coisas essenciais, que me fazem ficar em paz. as experiências te dão formas diferentes de olhar para uma mesma coisa. preciso me colocar nas experiências, não consigo ficar do lado de fora olhando e imaginando como seria. e se tiver vontade, provavelmente vou me colocar pra viver isso, até para ver se mudo de ideia ou não. Tenho esse lado exibicionista que gosta de ficar pelada na frente das pessoas. o convite veio, e pensei: esse vai ser meu canal. e era uma equipe maravilhosa, dois fotógrafos da maior qualidade, me deram total liberdade. a decisão foi minha. Não é que eu chego e falo, ah será que eu faço? eu chego e falo: quero fazer. Não acho que tenha que consultar a família. Todos levaram de boa, mas se eu tivesse consultado, claro que ouviria que eu não deveria. É normal. Mas faço e digo que estou feliz, e me apoiam. Não me meto na carreira deles, nem do João.

Soube de uma história de um assistente do Bob Wolfenson, que acompanhava pela primeira vez um ensaio nu, e você disse a ele para não ficar nervoso. Parece que estava todo mundo nervoso, até mesmo os modelos, menos você?
Na verdade, eles estavam cuidadosos. Lembro que eu cheguei e disse: gente, bem-vindos, está tudo certo, estou tranquila, o Bob está tranquilo, ele vai encher um pouco vocês, mas não liguem para ele. Vamos fazer fotos lindas, é para isso que estamos aqui. e eles foram superprofissionais. e esse rapaz, teve uma hora que eu estava brincando com o maquiador, o ricardo dos anjos, e logo depois, falei pra ele: te conheço de algum lugar, e ele ficou roxo. Aí o Bob começou: ‘ahhh!’ (risos). Aí eu falei: olha Pedro, não sou eu que estou te sacaneando, é o Bob. Teve coisas fofas assim como a dona Ilza, que trabalhou na minha casa quando eles moravam no Brasil, muitos anos e fez o catering. E agora só querem ela. E eu queria comprar a casa de Santa Tereza (onde foi o ensaio).

O João acompanhou as fotos? Não ficou com ciúme?
Ele trabalha, né? Adoraria tê-lo do meu lado o tempo inteiro. Ciúmes ele não teve. Ele é parceiro. A gente tem aquele ciúme normal de cuidado. Mas evitamos ao máximo interferir na liberdade um do outro. Não quero uma pessoa infeliz, sem vida, sem autonomia e personalidade. Eu amo quem ele é. Ele deu vários palpites no ensaio. Dos fotógrafos, ele viu as fotos depois, adorou. A gente via juntos coisas na internet de luz, cores, clima. Ele tem bom gosto e é seguro, coisa rara entre os homens.

Uma vez você falou que não acreditava em amor à primeira vista mas em paixão à primeira vista. Com o João foi assim? Não. A gente se conhece desde a adolescência porque temos grupos de amigos em comum. A gente voltou a se encontrar um ano e pouco atrás. Foi natural, saímos como amigos, rimos pra caramba, mas ficou nisso. Aí, um dia, a gente ficou e rolou o namoro. A gente constrói sempre o amor. Esse é o caso. Estou gostando de construir amor com ele. Estou feliz.

Você é romântica?
Não sou muito romântica, mas tem um equilíbrio e ele desperta romantismo em mim. No Dia dos Namorados, por exemplo, eu não ligo para nada. Um dia antes, ele falou: ‘ah, amanhã vamos trocar presentes’, e eu: ‘é, vamos trocar presentes’. Mas não tinha presente. No dia seguinte saí procurando um presente e pensei em uma coisa que eu amo, ele ama e tem a ver com a relação: uma planta frutífera. Dei um pé de laranjeira e um de jaboticaba para ele.

E ele, já fez alguma surpresa para você?
Ah, é tanta coisa. Ele me chama de Pato, porque acha que eu tenho bico e bundinha de pato. Eu o chamo de urso. Então ele mandou o Tales (designer) fazer um patinho de ouro branco, muito fofo e embaixo uma inscrição nossa. Mas acho que ser romântico não diz sobre o amor. Ele não é um cara de dar flores, mas é de chegar e falar: ‘vamos passar uns dois dias na fazenda, só eu e você’. Também gosto de tomar vinho e ver estrelas. A gente se dá bem. Somos bem diferentes e parecidos.

O que acha que mais aprende com o João?
Aprendi a não ser tão radical. E nem tão desconfiada. Dá um pouco mais de espaço para as pessoas verem quem eu sou.

Pensa em casamento? Já levamos uma vida de casados. Somos parceiros. Me sinto casada. Sempre fico nesse dilema. Não consigo dizer que ele é meu namorado porque é uma palavra que soa infantil. E nossa relação é muito madura. A gente divide as nossas coisas, toma conta do outro. Quando eu estava viajando ele organizou um monte de coisas para mim e quando ele precisa também organizo as coisas para ele. Ele é meu companheiro. Esse é o termo certo.

Mas você mora no Rio e ele em São Paulo... É assim: quando ele está mais livre, ele fica lá no Rio. Quando eu estou mais livre a gente fica aqui em São Paulo. Quando os dois estão “pegados” (ocupados) damos umas fugidas. Como na gravação, eu estava mais “pegada”, então ele passou oito dias comigo lá no Araguaia. Agora, tinha esses quatro dias livres, então eu vim aqui ficar com ele. A gente mora junto, divide as coisas. De qualquer forma vou comprar uma casa, e é isso. A gente já assimilou a vida um do outro. Não é que a gente virou um, somos bem um mais um. Gostamos de cuidar dos cachorros, de viajar, de trabalhar, de poucos e bons amigos e está tudo certo.

Acha que o João é ideal para você?
Olha, não acredito em homem ideal. Todo mundo tem defeitos e às vezes você se depara com alguns que você pensa: ‘isso não posso suportar’. Mas põe na balança e vê, que existem coisas legais. Que podemos conversar e levar. Acho que sim. O João é o homem ideal para mim. Porque ele tem muita vontade de crescer, de humanizar as coisas, de compreender os outros, de sair do próprio umbigo, de evoluir, de fazer o melhor, de não botar a culpa no mundo. Gosto muito disso. Isso me dá tesão.

E filhos, pensa? Penso sim. Na verdade, eu não queria ficar grávida. Nunca tive essa vontade, queria ter filhos. Eu gosto dessa coisa de criar pessoas desde o início, de dar liberdade, de entender para onde ele está indo, de orientar da melhor forma, de oferecer coisas legais, de mostrar o mundo. Mas ficar grávida, nunca tive vontade. Já o João é louco para ter filho, ficar “grávido” (risos) e ele me despertou essa vontade. Não sei o que vai dar, mas com certeza, foi ele que despertou essa vontade.

E a vontade de adotar uma criança, continua?Ainda tenho essa vontade. Porque eu me apaixono pelas pessoas. As pessoas da minha vida são as que eu encontrei. Fora as de sangue, são pessoas que eu tenho amor profundo, e acredito que vou encontrar mais e mais. Eu tenho isso. E o João acha legal também, ele curte essa ideia.

Como imagina que seria ter uma criança?Eu e meus irmãos vivemos indo pra cima e pra baixo. Isso é tão enriquecedor, me deu tanto mundo, sabe? Me deu o que a escola nunca me deu, que é a noção do outro, respeito por outras culturas, vontade de que todo mundo tenha seu espaço, por mais diferente que seja. Eu acho isso essencial no mundo para que tenha harmonia, paz de verdade. Então, não vejo nenhum tipo de restrição tendo um filho.

Enquanto o filho não vem, tem seu lado maternal com seus irmãos?
(risos) Agora está muito mais com meus cachorros...
Por falar em cachorros, o seu Jude viajou com você? Ele tá lá no quarto (do hotel Emiliano), quebrando tudo, fazendo xixi em todo lugar, marcando território. ele é um spit alemão que acha que é um rottweiler. Mas é pequenininho. O treinador fala que ele é um macho alfa e é impressionante que tem que fazer xixi em todos os cantos de qualquer lugar que ele chega (risos). E se você chegar na minha casa, ele vai te cheirar, vai pegar sua perna e se eu tirar, ele me ataca. Um monstrinho na pele de um cordeirinho.


Sua mãe declarou que Antonia quer ser artista. Daria algum conselho a ela?
Não sei dar conselhos. Se ela chegar e disser: irmã, aconteceu isso, o que você acha? aí vou dar minha opinião. se isso for realmente o que ela quer, tem tudo para dar certo.

Você viu o filminho que ela fez em Paris? Vi sim. É muito curtinho e ela não fala muito, mas as intenções são certas, são coisas dela que eu acho super importante de ter sabe? uma princesa, uma menina que tem luz, que dá vontade de ficar olhando. Não é só porque ela é linda, mas tem uma coisa diferente. ela é super imaginativa, criativa, situada, acho que vai dar certo sim.

E a Ana e o Bento?
A ana até pouco tempo atrás dizia que queria ser professora. acho muito digno. Eu daria a maior força, acho o máximo. O Bento diz que quer ser cantor ou super-herói.

E a biografia da sua mãe, leu?
Ainda não li. Estava superenlouquecida com as gravações, workshops, machuquei o braço. Minha mãe tem 47 anos, mas ela viveu 40 anos de carreira e é uma mulher intensa, que fez e passou por muita coisa. A minha mãe e meu pai orlando são pessoas que, desde criança, vi se importarem com os outros. eles nunca se colocaram melhores que os outros. Lembro que no Natal ia distribuir coisas para crianças carentes. uma vez fomos naquele lugar dos leprosos em goiânia, que as pessoas têm o maior preconceito. Mas eles nunca foram assim. Minha avó dava banho nos leprosos. Isso é uma coisa que vem da minha família, que cresci vendo. são pessoas de valor, de muita humanidade. Talvez por isso tenham tanta sorte na vida.

‘‘Nunca tive vontade de ficar grávida, queria ter filhos. Já o João é louco para ter filho, ficar ‘grávido’ e ele me despertou essa vontade’’

Como machucou o braço?
Andando no skate do João, acredita? olha o que um namoro faz com a pessoa (risos). Mas não foi nada sério, deu uma luxada, fiquei um tempinho com uma tipoia. porque sou muito abusada. pego o skate, dou duas andadas e já acho que tenho que fazer manobras. A í, lógico, me machuquei. Mas não foi nada. O problema é que sou hiperativa e o médico mandou ficar com a tipoia para não ficar mexendo, para não inflamar um ligamento. Foram quatro ou cinco dias, nada sério, mas tive que tomar remedinho para dor e ficar com a tipoia.

Desistiu de andar de skate?
Não desisti não. A ó que da próxima vez vou com mais cuidado. Me achando menos (risos).

E como andam seus projetos sociais?
Andam com menos velocidade do que gostaria. a ONG Casa arte e Vida está com projetos novos, não tenho visitado tanto quanto eu gostaria, mas sempre estou em contato. Sei de tudo que está acontecendo, as aulas de inglês que estão dando. Tem o Hidroex, projeto das águas em parceria com a unesco que ainda está bem no começo, mas já fizemos algumas missões. estamos começando a idealizar como será a minha participação. Mas, no meio dessa loucura, só consigo falar por e-mail. É frustrante não poder estar junto.

Tem mais projetos em cinema e tevê?
Acabei de fazer um longa, Qualquer Gato Vira Lata tem a Vida Sexual Mais Sadia que a Nossa, do Tomaz portela. Foi maravilhoso fazer. o Tomaz sabe tudo, um cara sensível, veio para quebrar tudo, você vai ver.

Sua fase zen permanece?Não brigo por tudo, escolho as minhas batalhas. Tem coisas que você tem que se colocar. Mas há certas situações que não vão levar a nada. Antes, eu comprava a briga dos outros, sabe? Tenho pavor de injustiça. Mas as coisas vão mudando. antes eu era muito brigona, aí fiquei muito zen e hoje acho que estou mais equilibrada.

Como se vê daqui a dez anos?Não tenho noção. sei lá, me vejo trabalhando muito, com meu companheiro, se deus quiser. Os dois trabalhando, viajando, tendo nossa vida, nossos filhos, nossos cachorros, um sítio ou uma fazenda, tirando leite de vaca, que eu adoro. Tomando um bom vinho e olhando as estrelas.

Tem alguma coisa que você não fez ainda e gostaria de fazer?
Muita coisa. ainda quero mergulhar em uma jaula com um tubarão branco, quero aprender a pilotar avião e helicóptero, máquinas que eu gosto muito. Depois que tirei o arrais amador, o próximo passo é o brevê.

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